domingo, 8 de maio de 2011

Letras de Mitos no Vale

Mitos no Vale

As músicas foram gravadas entre o outono de 2010 e 2011.

- Calma Atmosfera

A música que sintoniza o ouvinte com o espírito predominante do álbum.

- D'Avril

É sobre energia. Cada mês, semana, dia - cada ciclo -, possui uma energia diferente do outro. E é na eterna alteração das probabilidades e combinações que, em certos tempos, diferentes formas de energias e "essência predominante" se apresentam de forma psicológica, telúrica e de outros modos. Nesse caso, um brilho verde forte que, na profundeza do eterno espírito, convida o ser à liberdade através da realização de sua própria vontade absoluta.

Letras:
Fosco, o sol brilha
Nasce uma energia
das profundezas
âmago do ser

Quem sou?
De onde vim?
Para onde vou?
Avril

As águas
se movem
Correnteza leva
o meu pedido

Quem sou?
De onde vim?
Para onde vou?
Avril!

Cercando as cidades
abraça as montanhas
abraça os vales
Se tornou realidade

Quem sou?
De onde vim?
Para onde vou?
Avril!

- Mitos no Vale I

De forma instrumental, manifesta-se um mito dessas terras.

- Mitos no Vale II

Algum dia as forças dormidas despertam e, assim, tudo muda. Sejam elas forças físicas, psíquicas ou o mero reviver de conceitos.

Letras:
Quando a serpente despertar
e derrubar a montanha, o rio terá um novo sentido

- Dos Nossos Bosques

Uma mensagem àquele tipo de espírito que forma uma resistência ante o mundo de dissolução que habitamos. 

Letras:
Hear brothers and sisters of our spirit kin.
We are here exiled in Southlands and we fight against teluric and mental energies to consolidate our inner Imperium.
Tomorrow belongs to us.

- Manto Azul

Quando amanhece, se observa das montanhas que cercam ao vale, um espetáculo de névoa azulada cobrindo esse pedaço de terra de forma majestosa. Todo um ar que parece ter subido ao ambiente na noite, agora retorna ao solo, à água, e um novo dia começa puro, de ar renovado. Assim a contemplação dos fenômenos conforta o espírito enquanto transforma todas as dificuldades em inutilidades mundanas.

Letras:
Quando o sol ascende entre o céu
Um manto azul abraça o vale
e faz a névoa e espectros da noite dissiparem
Luzes ainda acesas na névoa
e um manto azul abraça o vale
Ao solo, retornam suspiros da noite.

- O vento, os Galhos e os Caminhos

Os deuses continuam vivos na lua, no sol, nas montanhas, nas árvores, nas mudanças de estação e no vento, na parte não-criada e mais íntima de cada espírito aprisionado em um mundo ilusório. E é a contemplação que nos revelará o real significado de cada elemento, sua essência e o modo como nós - que utilizamos nossa alma, que é única nesse mundo, na abstração de significado  -, os espíritos nobres, entendemos e interagimos com as forças do mundo que nos cerca.

Letras:
Estação vem, estação parte.
Que as almas puras se fartem
com o contemplar dos ciclos;
céus, estrelas, árvores, sons e ventos que nos revivem o alvo espírito!

- Ecos de Guerra

A morte chegará para todos, queiram ou não. Uma música crua e direta sobre esse último evento de uma encarnação e sobre todos aqueles que tombaram em velhas guerras, dando sua vida por algum significado maior.

Letras:
Montanhas de corpos
almas se esquivando
para outra encarnação!

Valas estão abertas
seu odor no ar
a história a chorar!

Nós somos os próprios
sem condenação
Não há punição do kharma

Ninguém foge
de seu fim
Não há destino
sem passar por mim
Abraço a terra
preparo a guerra

Quantas mentiras
E falsas professias
Nessas frias terras

Eram soldados
Eram camponeses
todos engolidos pela guerra

Nobres fantamas
A assombrar
as florestas do vale

Ninguém foge
de seu fim
Não há destino
sem passar por mim
Abraço a terra
preparo a guerra

Dança da morte
já foi tão bela
Nos juntemos a ela!

Ouça o chamado
Dos antepassados,
Nos juntemos a eles!

Terra desgraçada
Por Jahbulon
Nos separemos dela!

Ninguém foge
de seu fim
Não há destino
sem passar por mim
Abraço a terra
preparo a guerra

- A Metade Astral e Obscura do vale

Todo conceito, tudo que é afirmado no mundo, possui uma contraparte negativa em algum lugar. Um lugar aonde vai todas as mágoas, todos os lamentos e prantos. Quando, em algum lugar, se cria alguma coisa, em outro algo é destruído. E é essa idéia que a música mantém; o abrir da urna que guarda todas as desgraças de nossa terra.

- Vitória sobre o Novo Mundo

Essas terras foram colonizadas por diversos povos e essa faixa é uma simples homenagem aos antepassados germânicos que povoaram esse e tantos vales no Brasil. E, também, uma homenagem aos três estados do sul. A opção pela musicalidade eletrônica é meramente uma conexão entre o novo mundo que nossos antepassados passaram a habitar e o novo mundo que nós habitamos hoje - pós-modernidade - e, também, tentamos suplantar de pé sobre as ruínas.

- Uivo Cósmico em Ascensão

Um dia, as coisas acabam e tudo some. Sumirá o vale, essas linhas e nossos sonhos. Uma visão particular e superficial do fim de tudo, do fim da história. Fim que esperamos não demorar muito.

Letras:
Em imortal repouso
sob nebulosa primordial
De sua estrela maldita
ele, tirano, envia
o lobo para atacar
Nas trevas da última era
no fogo quente do coração
chega o clarão nuclear
um universo em extinção
devorando as estrelas
devorando as matas, rios e montanhas
devorando almas animais  e humanas

Destruição
Aniquilação
Solução em megatons

O uivo sinistro ecoa
choro e gritos dos pobres mortais
desestabilizando as ondas
dos profanos, pobres animais
E em uma terra distante
milhões de escudos e espadas
montando guarda nos portões do Valhalla
o momento em que a trombeta soar
quando o lobo despertar
Venus irá brilhar.


A obra é concluída aqui.

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